PRESERVAR A FAMÍLIA DOS PODERES DAS TREVAS

21/10/2011 18:06

 

PRESERVAR A FAMÍLIA DOS PODERES DAS TREVAS

 

 
 
 
 
O apóstolo Paulo quando estava em Éfeso, travou muitas batalhas vitoriosas contra os poderes das trevas. A guerra, no entan­to, ainda estava em andamento, porque o inimigo é muito persistente. Se ele se afasta depois de tentar alguém, mas sem sucesso, sua ausência será apenas "por algum tempo" (Lc 4.13). Um espírito maligno, uma vez expulso, achará reforços e procurará retomar o seu lar perdido (Mt 12.43-45). O apóstolo, escrevendo da sua prisão em Roma, ad­verte os efésios a serem vigilantes e preparados. Como ele podia fazer com que a sua mensagem fosse vivida para os seus leitores? Acorrentado a ele há um soldado romano em plena armadura, provavelmente um veterano de muitas guerras. Ah! pensava Paulo, seria bom que o povo de Deus fosse assim na vida espiritual — completamente armado, forte, disciplinado, vigilante. Curvando-se sobre o seu ma­nuscrito, chega à conclusão da sua carta: "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus".                                                                                    Seja Forte para o Conflito pois o inimigo quer destruir principalmente as famílias ! (Ef 6.10-12)
 
"No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor". Ser forte "no Senhor" indica que a fonte da nossa força está em nosso relacionamento com Cristo. A força é dEle, mas, pela fé, torna-se a nossa força. Cristo é a fortaleza do seu povo. Ser forte é o nosso dever; colocar a nossa família debaixo da proteção de Deus. Podemos ter confiança forte, esperança forte, perseverança forte, amor forte, nossa casa estará fortalecida quando estamos em comunhão com Ele. Note que recebemos a exortação de sermos fortes no Senhor antes de recebermos a ordem de colocarmos a nossa armadura. Um soldado pode ter um belo uniforme e armas de primeira qualidade, mas isso nada adiantará se ele não tiver coragem.
 
"Revesti-vos de toda a armadura de Deus". É armadura que precisamos vestir, porque a vida é um campo de bata­lha, e não um piquenique. E a armadura de Deus que te­mos que vestir, pois foi Ele que a providenciou. Devemos vestir toda a armadura de Deus, porque cada parte de nós precisa de ser protegida. "Para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo". O grande inimigo do homem e da família, é um veterano feroz e malicioso. Ele luta, não em terreno aberto, mas por assaltos repentinos e investidas secretas e astutas.
 
"Porque não temos que lutar contra carne e sangue". O conflito não é contra os mortais fracos, mas contra "principados e potestades". A luta não é contra demônios co­muns, mas contra espíritos de alta posição. Provavelmente são espíritos caídos que tinham antes uma alta posição no Céu e agora mantêm uma posição semelhante entre as hostes de anjos caídos. "Contra os príncipes das trevas deste sé­culo" ou, como alguém traduziu: "contra os dominadores mundiais destas trevas". Os espíritos malignos têm um domínio especial nesta terra e não estão dispostos a serem expulsos das suas posições, não há nenhuma parte do glo­bo para onde a sua influência não se tinha estendido. Re­gem nas "trevas". A escuridão é o elemento em que traba­lham e o resultado que produzem. Produzem confusão, ignorância, crime, terror e todas as formas de miséria. Contrastam-se com os filhos de Deus, que são filhos da luz e vivem no elemento de conhecimento, pureza, paz, alegria e santidade. "Contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais". Sua natureza é maligna, sua comissão é maligna e sua obra é maligna. Estamos assentados com Cristo "em lugares celestiais", mas mesmo ali não estamos isentos do conflito. Assim como Satanás penetrou o Céu para acusar Jó (Jó 1), também penetra os "lugares celestiais" da experiência espiritual para nos atacar e destruir as famílias como nos fala as escrituras em (Jó 1).
 
"Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes". A armadura do cristão não é para um desfile, nem é uniforme de gala para festas. O inimigo precisa ser enfrentado. O que é o "dia mau"? É o dia em que as forças do mal atacam. Também é mau por causa da possibilidade de derrota.
 
                               A armadura inteira de Deus inclui:
 
 
 
 
1. O cinturão da verdade"Estai, pois, firmes, tendo cingido os vossos lombos com a verdade". O cinturão con­servava a armadura no lugar apropriado, dando força e li­berdade de ação.
 
2. A couraça da justiçaO peito desprotegido da nossa própria justiça não desviará os dardos malignos do inimi­go. Se, porém, apelamos à justiça de Cristo, que é imputa­da àqueles que nEle creem, certamente seremos invulneráveis.
 
3. Sapatos de preparação"Calçados os pés na prepa­ração do Evangelho da paz" (cf. Is 52.7). Nossos pés de­vem ser calçados com a disposição de enfrentar o inimigo. A sandália romana tinha pregos embaixo, a fim de firmar-se em terreno escorregadio ou inclinado. Assim também a paz de espírito, que é o fruto do Evangelho, nos conservará firmes em cada emergência. Nesses dias de tensões e con­fusão, Deus não nos deixará deslizar para a depressão e descrença.
 
4. O escudo da fé"Com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno". Nas guerras daqueles tempos, flechas com pontas de matérias inflamáveis acesas eram atiradas para dentro das cidades, a fim de incendiar as suas construções. Nossas famílias são as construções que o diabo que destruir.
 
5. O capacete da salvaçãoSe possuímos consciente­mente a verdadeira salvação e estamos desfrutando dela, passaremos sem dano por tentações que, em outras circuns­tâncias, poderiam nos derrubar. A taça cheia não tem lugar para veneno. O olho que está contemplando as distantes montanhas brancas não vê as imundícies e frivolidades em derredor. Aquele que tem as primícias da felicidade eterna não as abandonará facilmente para os prazeres momentâ­neos do pecado.
 
6. A espada do Espírito"E a espada do Espírito, que é a palavra de Deus". As outras partes da armadura eram defensivas, essa é usada para o ataque e a defesa. A Pala­vra de Deus é descrita como sendo uma espada, porque penetra todos os disfarces do erro e porque desnuda "as ciladas do diabo". Essa arma foi usada por Cristo durante a sua grande tentação. E continua sendo a única arma de ataque do crente. Seja qual for a forma da tentação, para nos levar ao desespero, descrença, cobiça, orgulho, ódio ou mundanismo, pode ser destruída e vencida por um "assim diz o Senhor". A Palavra de Deus tem o propósito de ajudar na batalha contra o mal, e aquilo que foi escrito com respeito ao Messias (Is 49.2) pode ser um atributo de cada cristão - "com o sopro dos seus lábios matará o ímpio" (Is 11.4).
 
Proteger nosso lar com oração! (Ef 6.18-20)
 
Embora a oração tivesse sido subentendida nas exortações acerca da armadura, agora é mencionada com clareza. A oração que é necessária tem seis características:
 
1. Múltipla'Toda oração" significa todos os tipos de oração - secreta, pública, em alta voz, silenciosa, breve, prolongada.
2. Incessante"Orando em todo o tempo". Como pode­mos "orar sem cessar"? É possível cultivar uma atitude de oração tal, que possa erguer o coração a Deus em qualquer momento do dia.
3. Espiritual"Orando... no Espírito" (cf. Rm 8.26; Jd 20). Podemos distinguir três graus de oração; primeiro, meramente repetir orações, que não têm poder de comover Deus nem os homens; segundo, o orar com intensidade e sinceridade - o que comove Deus e os homens; terceiro, o grau mais alto de oração é atingido quando o Espírito San­to está orando através da pessoa.
4. Com vigilância"E vigiando nisso" - contra a forma­lidade, a negligência e o esquecimento. Vigiando, também, pela resposta, assim como alguém aguarda uma carta im­portante.
5. Perseverante"Com toda perseverança" (cf. Mt 15.21-28).
6. Compreensiva"Por todos os santos". Este é um dos grandes objetivos de se agrupar todos os santos em um só corpo, a Igreja e também a família, a fim de que sejam sustentados na guerra e no serviço, por orações uns pelos outros, e protegidos de deslizes, enfermidades e pecados mortíferos. Paulo nunca se sentia tão forte que pudesse passar sem as orações e ajuda de outros (vv. 19,20). Pede oração até o fim, para que o seu cativeiro não lhe fizesse perder a liberdade e a coragem quanto ao falar.
 
                                         Preservar a família dos poderes das trevas Atitudes e prática
 
  Ao aceitar o Senhor Jesus Cristo como Salvador e Mestre, aceitamos uma posição destacada em prol da retidão e do serviço consagrado. Há, porém, muitas influências no mundo que, se possível, nos levari­am a duvidar, e então abandonar a nossa posição. Por isso as exortações: "Fortalecei-vos"; "Estai, pois, firmes". Temos que ser perseverantes em seguir a Cristo (Jo 8.31). O guerreiro cristão tem que dizer: "Estou resoluto em perseverar até ao fim". Somos admoestados a ser firmes e ina­baláveis na obra do Senhor (1 Co 15.58). Estamos oprimi­dos pelo senso de fracasso em nosso serviço ao Senhor? A verdade é que todo trabalhador bem-sucedido passou pela mesma experiência. Continue avançando! Devemos con­servar com firmeza a fé (Cl 2.5; 1 Pe 5.9; Jd 3). Enquanto tantas doutrinas falsas são semeadas em derredor, devemos ficar firmes no nosso testemunho (Hb 4.14; 10.23). Dar testemunho frequentemente é uma fonte de fortaleza espiritual. Cada vez que testificamos, estamos firmando a nos­sa posição na rocha. A aflição testa o nosso poder de ficar firmes (Rm 8.35-37). Podemos ainda conservar a vitória quando as coisas não estão indo bem? Se podemos, estamos fortes no Senhor.
 
É um assunto severo e implacável este de ficar em pé no meio de ataques e tentações! O ficar firme não somente galga a aprovação divina, mas também traz a sua própria recompensa na forma de um aumento de força. Os peles-vermelhas acreditam que as forças dos inimigos mortos na luta passavam para os vencedores; assim, cada tentação resistida e cada conflito vencido fortalece os nossos músculos espirituais.
 
Notemos que Paulo não menciona nenhuma armadura para as costas; não existe a alternativa de fugir do inimigo.
 
Como podemos nos preparar? Os soldados se preparam para a guerra ao aprenderem a usar armas em tempos de paz. O guerreiro cristão se prepara para o dia mau pelo exercício constante dos meios da graça. A resistência à ten­tação repentina é mais vigorosa quando a bondade se torna um hábito arraigado. A pessoa que põe em prática a cada dia os preceitos da Palavra de Deus é armada para enfrentar um ataque repentino. Aquele cujo deleite é a comunhão com Deus e cujo coração se ocupa com as virtudes cristãs terá pouco lugar para as sugestões do inimigo. Por outro lado, se a vida de alguém está minada com o mal, o mais suave sopro de vento o derrubará (cf.Mt 7.24-28).
 
 A armadura de Deus"Revesti-vos de toda a arma­dura de Deus". Noutros trechos é chamada "armas da jus­tiça" (2 Co 6.7) e "armas da luz" (Rm 13.12). A armadura representa aquela santidade da alma que é transmitida pela graça de Cristo, que nos liberta do mal e nos fortalece para resistir o mal. Por que é chamada de armadura de Deus?
 
 Somente Deus pode concedê-laOs filósofos po­dem emitir belos sentimentos e preparar códigos de condu­ta, os psicólogos podem escrever suas preleções de "ani­mação" sobre o sucesso e o viver eficiente. Somente por meio do poder de Deus, porém, é que o mal pode ser con­quistado. O Evangelho não é bom conselheiro; é boas no­vas - notícias de que Jesus quebrou o poder do pecado. É a armadura de Deus porque podemos usá-la somente quando estamos em comunhão com EleAo negli­genciarmos os meios da graça, podemos esquecer ou per­der certas partes da nossa armadura e assim ficar expostos a feridas pelos dardos do inimigo. Através da oração e do arrependimento, podemos pedir ao Senhor a peça que nos falta. A nossa armadura está completa? É a armadura de Deus porque a proteção que dá se deve ao poder de Deus por dentroHá algum tempo foi inventado um revestimento que protege o ser humano con­tra os perigos da eletricidade em alta tensão. A proteção consiste em uma roupa de gaze de bronze, de tecido fino, que cobre inteiramente o corpo e as extremidades, de tal maneira que a corrente, se passar por cima do corpo, so­mente chegará até a superfície metálica, e de lá será conduzida para fora, sem causar danos. De semelhante maneira, as tribulações que faz desmoronar as famílias  são neutralizadas pela armadura espiritual do Espírito de Deus. A atmosfera é carregada com correntes perigosas do mal, que nos destruiriam, não fosse a nossa proteção com a "força do seu poder". É a armadura de Deus porque Cristo, o Deus-homem, foi revestido com ela e com ela derrotou o ini­migoAssim como os soldados aprendem a manejar as suas armas ao olhar os métodos de um veterano, pode­mos aprender a empregar a armadura de Deus ao obser­var como foi usada pelo Capitão da nossa salvação. Assim podemos preservar a nossa família dos ataques dos principados e potestades e dominações da maldade. Pr, Ciro R. Desiderio.
 
 
 
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